Já se perguntou como as outras pessoas te enxergam? Se questionou se a forma como se apresenta está congruente com a imagem que deseja transmitir?
Muitas vezes temos uma definição engessada de nós mesmas que nos impede de acessar outras versões que ampliariam nosso leque de opções.
Eu mesma, Luh Mezzari, já fui uma mulher que não ia sequer a padaria sem salto. Me sentia confortável e segura assim, mas por outro lado não explorava um “look” mais despojado porque na visão que eu tinha sobre mim mesma era que o salto fazia parte da minha identidade visual.
Dei esse exemplo do salto para ilustrar, mas poderia estender a qualquer outra coisa. Sabe aquela pessoa que você conhece de um determinado ambiente, o profissional, por exemplo, formal, sempre com uma postura muito sóbria e alinhada e um belo dia acontece um encontro em outro ambiente, com outras pessoas e você se surpreende com alguém muito diferente, quiçá mais interessante e envolvente? Então, essa pessoa sabe acessar outras versões de si mesma a seu favor.
E não está tentando se forçar a ser uma pessoa diferente. Apenas sabe que pode mostrar outras facetas em ambientes e situações em que essas caem bem.
Da mesma forma todos conhecemos alguém ou mais de uma pessoa que parece não ter filtros. Se comporta da mesma forma e fala o que pensa independente do lugar ou situação sem se preocupar se está sendo inconveniente. E pior, ainda confundem isso como autenticidade.
Por que será que algumas pessoas conseguem com maestria se encaixar bem, seja no batidão da comunidade ou no cocktail da exposição de artes? E já outras, fora do ambiente do qual estão acostumadas, parecem peixe fora d’água?
Para mim o que a primeira tem e que falta na segunda, chama-se AUTOCONHECIMENTO.
Quando você se conhece, fica mais fácil identificar se está de acordo ou não com a situação. É claro que não precisa descer até o chão no baile funk se a sua praia for a galeria de artes. Mas se porventura for parar em algum lugar que não tem nada a ver com seu gosto, conseguirá se ajustar a situação sem parecer arrogante ou mal-educado e muito menos precisar deixar de ser quem é.
Essa colunista que vos escreve, aprendeu isso e consegue se ajustar a qualquer situação sem sucumbir ao ímpeto de sair correndo. Porém existem formas técnicas e profissionais que podem nos ajudar nessa jornada em busca da boa imagem. O trabalho dos coachings de estilo e mindset, vai além do que os olhos podem ver. Eles conseguem nos mostrar o caminho que faz a pessoa no espelho ser a mesma que as outras ao redor enxergam, se esse for o intuito. O que a princípio aparentava ser um luxo ou futilidade, hoje é uma ferramenta disponível a todos. Isso mesmo, a todos. Mesmo quem não tem condições de contratar um profissional, ainda assim tem acesso a conteúdos gratuitos na internet que oferecem um norte capaz de despertar o melhor que temos e nunca nos demos conta.
Porque a vida é muito colorida para nos acomodarmos a mesma paleta de cores sempre.
Porque a terra tem diferentes níveis, textura e tipos de solo para usarmos sempre o mesmo tipo de sapato para explorá-la.
E porque existe dentro de cada um de nós várias versões aguardando serem descobertas para nos levarem a aventuras antes inimagináveis. Basta baixar as barreiras para o até então desconhecido e não ter receio de explorar o inexplorado em nós.
6 respostas
Esta certíssima Luh! Por quantos anos fiquei apenas sentindo me seguro se usava salto ou outros recursos disponíveis de beleza que achava com isso ficaria mais segura de mim. Mas na verdade descobri que o que me deixa seguro é meu estado de espírito.
Amei o texto ! Beijos
Realmente, comentávamos esses dias eu e minha irmã, que a Lu sabe se comunicar com todos os tipos de pessoas. Elegância pura, presença desejada!
Nossa me identifiquei com a situação do salto, parece que ta faltando algo em mim sem o alto, já me senti deslocada por não estar de salto em algum lugar, acredita🤭.
Lendo seu texto me vem a consciência que quanto mais me conheço, mais aberta fico para o novo, para o que ainda nao vivi.
Passei uma vida inteira achando que tinha que ser daquele jeito, não explorava nada além do que me cercava.
Vivia numa paleta de cores reduzida, talvez até olhava as outras cores, mas não enxergava elas no meu mundo.
Que lindo ter essa oportunidade, o quanto os meios de comunicação podem nos ajudar desde que tenhamos abertura. Sorte a minha que te conheci.
Parabéns amiga pelo seu trabalho lindo. O melhor de tudo é você compartilhar conosco e fazer a diferença no nosso dia a dia.
Gratidão infinita😘
Quanta verdade nesse artigo , se paramos para nós observarmos , vamos descobrir quem realmente somos adorei esse artigo você sempre tão autêntica Luh Mazzari
Parabéns minha filha linda amei seu texto. Orgulhosa de você .
Ja fui uma pessoa engessada nesse sentido .. começando lá adolescência quando tive uma fase que só me vestia na cor preta, maquiagem preta e cabelo preto.. e tinha orgulho quando me chamavam de Morticia Addams 🤣