Minha força para superar desafios vem da inteligência emocional, do equilíbrio psicológico e espiritual, afirma Gisele Fraga à WM MAG

WM MAGAZINE INTERNACIONAL
COVER GIRL: GISELE FRAGA
Atriz Brasileira | Top Model | Cinema | Teatro
WM – Como você encontrou força para superar os desafios que enfrentou na vida?
Minha força para superar desafios vem da inteligência emocional, do equilíbrio psicológico e espiritual, e de uma crença profunda em Deus e na prática do bem. Desde criança, sou espiritualizada e encontro vitalidade nos obstáculos, vendo-os como oportunidades para vencer. A energia para triunfar surge de dentro, alimentada pelo desejo sincero de sucesso. Com uma personalidade alegre e adaptável, sempre tive uma inclinação natural para as artes e uma facilidade em me comunicar. Considero-me nascida para enfrentar “guerras”, liderar e encontrar paz no meio dos desafios. Cada experiência dolorosa me fortalece, e busco sempre o apoio de bons profissionais psicológicos.
WM – De que maneira as dificuldades do passado moldaram a pessoa que você é hoje?
As adversidades me tornaram mais observadora, responsável e atenta às realidades do mundo moderno. Superei a dependência de um medicamento para dormir, adquirida durante meu divórcio, o que me fez sacrificar muito de mim mesma. Minha curiosidade incessante e leituras sobre padrões comportamentais me fizeram considerar a psicologia, mas sinto que minhas experiências me forjaram em aço. A transparência sempre foi parte de quem sou, embora tenha levado a decepções com pessoas próximas que conheciam minhas vulnerabilidades. Em uma era de tecnologia avançada, ser autêntico pode ser desafiador, mas continuo buscando sabedoria divina para voar alto e realizar meus sonhos. A maturidade me fez valorizar mais a mim mesma e buscar bem-estar físico, emocional e mental.

WM – Olhando para trás, como você avalia as decisões que tomou diante dos obstáculos que encontrou?
Refletindo sobre o passado, reconheço que cometi erros em minhas decisões, especialmente em relacionamentos pessoais. Aprendi que não posso ser uma vítima constante da irresponsabilidade alheia e que a responsabilidade é minha. Aceitar e identificar escolhas erradas é essencial, e embora a fragilidade exista, especialmente ao lidar com grandes perdas, é importante reconhecer que as máscaras caem e a verdade prevalece. Como atriz, sei separar a atuação da realidade pessoal e observo silenciosamente, permitindo que as atitudes revelem a verdadeira natureza das pessoas. Este processo, embora doloroso, é libertador e me encoraja a confiar nos meus instintos.
WM – Qual conselho você daria para alguém que está em uma encruzilhada, tentando decidir o melhor caminho a seguir?
Mantenha a sanidade mental, mesmo sob pressão, e busque clareza através da oração, leitura e raciocínio lógico. Distancie-se das emoções para se autoanalisar e assumir o controle de sua vida. Seja humilde para ouvir, curioso para aprender e corajoso para enfrentar o medo. Seja sincero consigo mesmo e não tenha vergonha de sua autenticidade. Construa pontes, crie alianças e valorize amigos confiáveis. Lembre-se de que as experiências emocionais são parte da vida, como diz Roberto Carlos, e são elas que nos moldam.
WM – Pode compartilhar um momento em que você teve que ser extremamente resiliente?
Durante o divórcio do meu único casamento verdadeiro, enfrentei um impacto tão severo que ainda lido com as consequências. Aprendi a viver sem depender de medicamentos, buscando ajuda profissional quando necessário. A resiliência se tornou uma constante em minha vida, especialmente após sobreviver a um coma de três dias causado por um acidente doméstico. Esse evento me fez perceber que tenho uma missão a cumprir e me desafiou a conhecer e adaptar-me a situações que nunca imaginei possíveis.
WM – O que significa para você “dar a volta por cima”?
Para mim, “dar a volta por cima” significa viver o presente de forma autônoma, retomar as atividades que me fazem brilhar profissionalmente e que transmitem energia positiva aos outros. É buscar equilíbrio em todos os aspectos da vida, sentir-me bem ao me olhar no espelho, estar em paz comigo mesma e ter a capacidade de ajudar os outros, olhando para o mundo com amor.
WM – Como você está se preparando para os novos capítulos da sua vida?
Estou me preparando para os novos capítulos da minha vida estudando grandes pensadores e imergindo em conhecimento para enriquecer minha mente. Sou uma pessoa inquieta e curiosa, sempre buscando absorver o máximo possível para desenvolver minha personalidade. Adoro viajar e conhecer pessoas novas e interessantes. Embora ainda não tenha começado a trabalhar o físico como gostaria, estou cuidando da minha saúde e equilibrando-me como uma equilibrista na jornada da vida.
WM – Você sente que sua vida foi reconstruída após os eventos do passado?
Sim, sinto que minha vida está em reconstrução. Ainda há questões pendentes, mas estou confiante de que alcançarei o bem-estar. Continuo sonhando e planejando grande, escrevendo cartas para o meu futuro, as quais abrirei mais tarde para celebrar as conquistas que ainda estão por vir.
WM – De que forma você busca renovar-se e manter-se motivada?
Sou grata ao universo e a Deus por todas as experiências, inclusive os desafios. As pedras no caminho se tornam alicerces para construir castelos. A vida me testa, e isso me motiva ainda mais. Adoro desafios e detesto traições. Com selos de aprovação dos meus mentores, sou graduada pelas experiências da vida. Viajei por trinta e nove países e ainda há muitos para explorar. Amo aprender sobre diferentes culturas e praticar idiomas. Estar em constante evolução é essencial para mim; a estagnação não é uma opção. Sou sensível e conectada com a natureza, e nos momentos de pausa, encontro refúgio em filmes épicos do cinema antigo. Como aquariana, estou sempre focada no futuro, sonhando e realizando. Amo a vida e estou disposta a viver tudo novamente, se necessário.
WM – Quais são seus planos e sonhos para o futuro?
Meus planos e sonhos para o futuro são multifacetados e refletem minha paixão por criar e compartilhar histórias. Estou atualmente colaborando com Kendi Sakamoto e a editora Laços na escrita do meu primeiro livro, ‘A Minha Verdade’, que é uma autobiografia narrada na segunda pessoa, com a ajuda do jornalista Renzo Moora. Este livro é um projeto especial que espero que sirva como um manual de superação, inspirando outros através das minhas experiências.
Além disso, estou envolvida em um emocionante projeto de televisão, a série ‘A Cor do Sol’, escrita por Marisa Medeiros. Esta série, que será filmada em Moçambique, promete explorar temas profundos como questões raciais, investigação, crimes, turismo, suspense e drama. Estou ansiosa para dar vida à minha personagem, Catarina Rosa, que será minha estreia no papel de uma vilã.
Em um aspecto mais pessoal, minha casa, que carinhosamente nomeei de ‘Jolly’ em homenagem à minha cachorrinha e à lancha que simbolizava alegria durante meu casamento, é um santuário de felicidade e criatividade. Após recuperá-la de um inquilino desonesto, estou dedicada a restaurar sua beleza e alegria originais.
Cuidar da minha saúde também é uma prioridade, com duas cirurgias ortopédicas pendentes que exigem minha atenção. Enquanto isso, estou organizando minha vida digital e meu escritório para garantir que todos os meus projetos sejam realizados com excelência. Embora o desafio das finanças seja real, especialmente em um país onde é difícil estar livre de dívidas sem um parceiro contador, estou comprometida em manter minha vida financeira em ordem.
Com uma mente cheia de ideias e uma visão clara para o futuro, continuo a sonhar e a planejar, sempre buscando novas maneiras de expressar minha criatividade e compartilhar minha jornada com o mundo.
WM – Como você está se preparando para os novos capítulos da sua vida?
Estou estudando grandes pensadores e filósofos, mergulhando de cabeça no conhecimento para desenvolver minha persona. Amo viajar, conhecer pessoas interessantes e ter boas conversas. Ainda preciso começar a trabalhar os músculos do meu corpo, mas estou cuidando da minha saúde física e mental, às vezes me sentindo como uma equilibrista.”

JORNALISMO VERVE