Governo e Governados: Uma relação de espelhos por TRISTAN TELL – Parte 01

A máxima “cada povo tem o governo que merece” é uma frase que ressoa através dos tempos, sugerindo uma reflexão sobre a responsabilidade coletiva nas escolhas políticas. Essa ideia pode ser estendida a vários aspectos da sociedade, incluindo o cenário artístico, a estrutura familiar e as práticas religiosas.
A democracia, em sua essência, é um sistema onde o governo reflete as vontades e valores de seu povo. As escolhas feitas nas urnas são um espelho das aspirações, medos e prioridades da população. Quando um governo é eleito, ele não apenas representa o povo, mas também é um produto de sua cultura política.


Arte: O reflexo do engrandecimento ou empobrecimento cultural
A arte é frequentemente vista como o termômetro cultural de uma sociedade. Ela pode florescer e refletir um período de enriquecimento cultural, onde a diversidade e a inovação são celebradas. Por outro lado, pode também ser um sinal de empobrecimento cultural, onde a expressão artística é limitada ou desvalorizada.


Família: O Berço dos Valores
A afirmação de que “cada família tem os filhos que merece” sugere que o ambiente familiar é fundamental na formação dos indivíduos. Os valores, crenças e comportamentos transmitidos dentro de uma família moldam as futuras gerações, refletindo as qualidades e desafios da unidade familiar.


Fé e Devoção: A Busca por Significado
Cada fé tende a venerar os santos que ressoam com seus valores e necessidades espirituais. A relação entre os fiéis e seus santos é um reflexo das buscas internas por significado, conforto e orientação.
Este meu artigo vem mostrar em linhas gerais que a sociedade é um mosaico complexo onde cada peça reflete e influencia a outra. O governo, a arte, a família e a fé são componentes interligados que, juntos, formam o quadro maior da cultura e da identidade coletiva. Reconhecer esses reflexos é um passo essencial para compreender e, se necessário, redirecionar o curso de nossa evolução social e cultural.
Vale resumir alguns momentos históricos graves onde a ascensão e queda de ideologias extremas se deram por questões onde governo e governados não se reconhecem na realção de espelhos, a saber:


Nazismo: A Sombra Sobre a Alemanha (1920-1945)
O nazismo surgiu na Alemanha pós-Primeira Guerra Mundial, em um contexto de crise econômica e política. Liderado por Adolf Hitler, o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães ganhou força promovendo ideais nacionalistas e extremistas. Em 1933, Hitler tornou-se chanceler, iniciando um regime totalitário marcado pelo antissemitismo e pela perseguição a minorias, culminando no horror do Holocausto.


Stalinismo: O Punho de Ferro da União Soviética (1927-1953)
Josef Stalin ascendeu ao poder na União Soviética após a morte de Lenin. Seu governo foi caracterizado por uma política de industrialização forçada, coletivização agrária e repressão brutal contra opositores. O stalinismo é lembrado por seus expurgos, gulags e pelo papel crucial na resistência contra os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.


Franquismo: A Espanha sob o Jugo de Franco (1939-1975)
Após a Guerra Civil Espanhola, Francisco Franco estabeleceu um regime totalitário na Espanha. O franquismo, com apoio do nazifascismo, promoveu um nacionalismo extremado, suprimiu liberdades e perseguiu opositores. Este período é marcado pela censura, repressão política e isolamento internacional da Espanha.


Fascismo Italiano: Mussolini e a Marcha sobre Roma (1922-1943)
Benito Mussolini fundou o Fasci Italiani di Combattimento em 1919, que se tornou o Partido Nacional Fascista. Em 1922, após a Marcha sobre Roma, Mussolini foi nomeado primeiro-ministro, instaurando um regime autoritário que valorizava o nacionalismo e o militarismo, e que durou até a queda do Eixo na Segunda Guerra Mundial.


E como conclusão sabemos que esses movimentos refletiram como períodos de instabilidade e crise podem levar ao surgimento de regimes autoritários. A história nos mostra que, embora esses regimes possam prometer ordem e grandeza, frequentemente resultam em opressão e tragédia. A compreensão desses períodos é crucial para evitar a repetição dos erros do passado.

TRISTAN – JORNALISMO VERVE

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