MTD – Você mencionou que ouviu uma voz sussurrando para tirar férias e testar se haveria pessoas interessadas nos seus serviços. Como você se conectou com essa intuição e como ela influenciou sua trajetória profissional?
Todas as manhãs, ao acordar, peço discernimento a Deus, pois Ele nos dá sinais o tempo todo sobre nosso propósito. Mas, se as vozes estiverem falando muito alto, não conseguimos ouvir o que realmente importa. Nessa fase, eu estava me sentindo muito conectada com algo maior e reforçava isso nos meus exercícios mentais matinais.
MTD – Ao ver todos os horários dos seus serviços preenchidos rapidamente após as férias, como você se sentiu?
Como essa experiência reforçou sua confiança na sua nova profissão e no seu desejo de viver o que sonhou para o futuro? Eu trabalhava em regime CLT em horário comercial e atendia todas as noites e sábados. Por isso, meu coração já mostrava que estava no caminho certo. Comentei com uma amiga que estava pensando se era hora de sair e ela disse: “Mas será que terá público de manhã e à tarde? Será que essas pessoas também não estarão trabalhando?” Afinal, quando estamos em uma empresa, temos a tendência de pensar que o mundo todo também trabalha em empresas. Fiquei pensativa e, quando ouvi minha intuição e saí, vendo que sim, havia pessoas interessadas em qualquer horário, foi como acertar os números da loteria (só que, ao invés de sorte, foi muito trabalho). Senti como se Deus fizesse sim com a cabeça, mostrando que eu não estava devaneando.
MTD – O medo de abandonar a “segurança” do CLT é algo que muitas pessoas enfrentam ao tomar decisões de carreira. Como você lidou com esse medo e quais estratégias você usou para seguir em frente?
Meu grande porto seguro foi meu parceiro de vida, Reginaldo. Ter alguém com quem contar, que diga: “Vai, tenta, se não for isso, estaremos juntos!” Não tem preço! Um dia eu tive medo e chorei e ele me disse: “Você é a mulher mais inteligente e persistente que conheço, não tem como dar errado!” Eu me emociono toda vez que lembro dessas falas. Sempre falo nas minhas mentorias sobre propósito. Talvez você não tenha um parceiro/parceira, mas é importante ter um apoio que pode ser um familiar, uma amiga ou um mentor. No meu caso, tive os três: o Re me deu apoio emocional dentro de casa, a Flávia Dutra foi colo e ouvido de amiga e a Diana Falcão foi a mentora que deu toda a estrutura e estratégia de negócio (e emocional também, porque as sessões sempre eram um pouco terapêuticas).
MTD – Você já havia dado outros passos de coragem antes, mas agora tinha filhos, um marido e outras responsabilidades. Como você equilibrou a coragem com a responsabilidade ao tomar essa decisão importante?
Muito planejamento! Eu tinha o controle das contas, inclusive com os possíveis excessos e mudanças em futuro próximo (escola, custo com remédios, eventos) e de quanto tempo eu conseguiria me manter com o dinheiro investido em reserva de emergência, caso algo saísse do controle. Nunca precisei, e agradeço a Deus por me dar força, saúde e discernimento para tudo engrenar. Outra dica bacana é já ter mapeado o pior cenário, o cenário intermediário e o melhor cenário, e qual ação terá para cada cenário, assim fica mais fácil controlar as expectativas e a ansiedade.
MTD – A voz que sussurrou novamente, incentivando você a dar o passo de coragem, é algo que muitas pessoas experimentam. Como você acredita que podemos cultivar essa conexão com nossa intuição e tomar decisões alinhadas com nossos desejos mais profundos?
Encontrar o que te deixa em estado de ‘Flow’, que é fazer algo que parece que sua alma sai do corpo enquanto faz e que você poderia fazer de manhã até a noite sem parar, sem sentir necessidades do corpo, de tão feliz e conectada que está. Ao fazer o que te deixa em flow, você inevitavelmente se conecta com algo maior e vai ficando mais disponível para ouvir sua intuição.
MTD – Você mencionou que teve o apoio de duas amigas para criar um programa de rádio aos 12 anos. Como essas experiências de apoio e determinação influenciaram sua confiança e capacidade de tomar decisões importantes ao longo da vida?
Pelo ponto de vista da Neurociência e PNL, cada experiência que vivemos reforça uma percepção sobre o que somos e o que podemos SER, TER ou FAZER. Por isso, cada conquista que obtive na fase da infância e adolescência reforçou um olhar positivo sobre mim e sobre minha capacidade de realizar. Cada vez que eu testava essa programação mental e ela dava certo, eu consolidava essa forma de ver a vida. Por isso, para mim, viver o novo e fazer até dar certo é tão real.
MTD – A transição de carreira que você fez, passando de 5 anos para 1, é inspiradora. Como você lidou com o medo e a incerteza durante esse processo?
Quais estratégias internas você usou para se conectar com sua voz interna e seguir em frente? Faço exercícios matinais que envolvem meditação, escrita terapêutica, gratidão e visualização do futuro, que me ajudam a acalmar os pensamentos. Também, quando me sinto ansiosa, paro tudo e vou fazer o que me deixa conectada com minha alma (flow): cuidar das plantas, brincar com meus filhos, assistir algo aleatório, tomar um banho para organizar ideias, dar risada com minhas amigas ou comer algo gostoso. Outra coisa que me salva: minha sócia e amiga/irmã é uma das melhores terapeutas que conheço e me ajuda muito a voltar para o eixo (gratidão, universo!).
MTD – Você mencionou que ouvir sua intuição foi primordial em momentos de grande mudança. Como você define essa intuição e como ela tem guiado suas decisões?
Pode parecer um pensamento aleatório, uma voz que sussurra, ou um sinal real, uma conversa, uma palavra, uma frase num livro ou numa música. Tudo muito sutil! E vem muito do sentir, e essa é a parte mais complexa para quem é racional! Mas a forma de calibrar para mim é sentir o coração leve! É pensar naquele caminho “sussurrado” e ficar em paz, sem a necessidade de repensar muitas vezes. Hoje, percebo ser a coisa certa quando decido e muito rápido fico em paz.
MTD – Ao fazer o ensino médio em um colégio técnico, você superou desafios e provas concorridas. Como você se manteve determinada e confiante mesmo quando as chances pareciam limitadas?
Naquela época não era proposital, mas minha mente já era estratégica. Não havia espaço para dar errado e hoje sei que essa determinação em só olhar para o caminho do sim teve grande contribuição na atração da vaga. A certeza de que eu ia passar me deixava calma (mesmo isso sendo muito arriscado, pois eu não tinha nenhuma garantia). É até difícil explicar, mas eu só sabia que ia dar conta! Mas é importante dizer que saber que ia dar conta não bastava e eu me preparava muito! Eu fazia o que tinha que ser feito! Saía da escola pública pela manhã, almoçava e ia para a casa da minha amiga estudar. Sem ninguém orientar. Aliás, meus pais nem sabiam por que exatamente eu estava indo estudar e minha mãe foi conhecer o colégio na matrícula (aí descobriram que ficava em uma rodovia, e para ir era necessário pegar 2 ônibus + 1 integração ou pagar uma Van, que fizeram com muito sacrifício, mas muito mesmo!). Agora, escrevendo, eu lembro que sonhava muito! Sonhava com meu nome no jornal, com o dia da matrícula, com o primeiro dia de aula, com a formatura… Hoje sei que esse sonho era a visualização mental e a neurociência explica que uma vez que o cérebro imagina, ele começa a funcionar como se já tivesse acontecido e depois só vai buscar, e foi exatamente assim!
MTD – O apoio de mulheres que viram potencial em você foi fundamental para iniciar seu trabalho formal. Como você acredita que o apoio de outras pessoas pode impactar nossa jornada e capacidade de alcançar nossos objetivos?
A premissa da vida do ser humano é ser visto e ser amado, por isso, ter alguém que apoia e acredita em nossa jornada faz toda a diferença. Temos a capacidade de fazer mesmo sem esse apoio, mas será mais desafiador e pesado. O cérebro prefere agir por prazer e é muito mais prazeroso fazer algo sendo incentivado por alguém, por isso, acredito que a realização dos nossos projetos é diretamente proporcional ao apoio que recebemos.
MTD – A transição de carreira que você fez, passando de 5 anos para 1, é inspiradora. Como você lidou com o medo e a incerteza durante esse processo?
Quais estratégias internas você usou para se conectar com sua voz interna e seguir em frente? Faço exercícios matinais que envolvem meditação, escrita terapêutica, gratidão e visualização do futuro, que me ajudam a acalmar os pensamentos. Também, quando me sinto ansiosa, paro tudo e vou fazer o que me deixa conectada com minha alma (flow): cuidar das plantas, brincar com meus filhos, assistir algo aleatório, tomar um banho para organizar ideias, dar risada com minhas amigas ou comer algo gostoso. Outra coisa que me salva: minha sócia e amiga/irmã é uma das melhores terapeutas que conheço e me ajuda muito a voltar para o eixo (gratidão, universo!).
MTD – Você mencionou que ouvir sua intuição foi primordial em momentos de grande mudança. Como você define essa intuição e como ela tem guiado suas decisões?
Pode parecer um pensamento aleatório, uma voz que sussurra ou um sinal real, uma conversa, uma palavra, uma frase num livro ou numa música. Tudo muito sutil! E vem muito do sentir, e essa é a parte mais complexa para quem é racional! Mas a forma de calibrar para mim é sentir o coração leve! É pensar naquele caminho “sussurrado” e ficar em paz, sem a necessidade de repensar muitas vezes. Hoje, percebo ser a coisa certa quando decido e muito rápido fico em paz.
MTD – Ao fazer o ensino médio em um colégio técnico, você superou desafios e provas concorridas. Como você se manteve determinada e confiante mesmo quando as chances pareciam limitadas?
Naquela época não era proposital, mas minha mente já era estratégica. Não havia espaço para dar errado e hoje sei que essa determinação em só olhar para o caminho do sim teve grande contribuição na atração da vaga. A certeza de que eu ia passar me deixava calma (mesmo isso sendo muito arriscado, pois eu não tinha nenhuma garantia). É até difícil explicar, mas eu só sabia que ia dar conta! Mas é importante dizer que saber que ia dar conta não bastava e eu me preparava muito! Eu fazia o que tinha que ser feito! Saía da escola pública pela manhã, almoçava e ia para a casa da minha amiga estudar. Sem ninguém orientar. Aliás, meus pais nem sabiam por que exatamente eu estava indo estudar e minha mãe foi conhecer o colégio na matrícula (aí descobriram que ficava em uma rodovia, e para ir era necessário pegar 2 ônibus + 1 integração ou pagar uma Van, que fizeram com muito sacrifício, mas muito mesmo!). Agora, escrevendo, eu lembro que sonhava muito! Sonhava com meu nome no jornal, com o dia da matrícula, com o primeiro dia de aula, com a formatura… Hoje sei que esse sonho era a visualização mental e a neurociência explica que uma vez que o cérebro imagina, ele começa a funcionar como se já tivesse acontecido e depois só vai buscar, e foi exatamente assim!
MTD – O apoio de mulheres que viram potencial em você foi fundamental para iniciar seu trabalho formal. Como você acredita que o apoio de outras pessoas pode impactar nossa jornada e capacidade de alcançar nossos objetivos?
A premissa da vida do ser humano é ser visto e ser amado, por isso, ter alguém que apoia e acredita em nossa jornada faz toda a diferença. Temos a capacidade de fazer mesmo sem esse apoio, mas será mais desafiador e pesado. O cérebro prefere agir por prazer e é muito mais prazeroso fazer algo sendo incentivado por alguém, por isso, acredito que a realização dos nossos projetos é diretamente proporcional ao apoio que recebemos.
MTD – Você mencionou que, mesmo diante de impasses e incertezas, ouviu uma voz interna sussurrando para seguir seu coração. Como você se conectou com essa intuição e como ela influenciou suas decisões ao longo da sua jornada profissional?
Eu me conecto diariamente, quanto mais me conecto comigo e com minha história. Além disso, quando mantenho meus estudos sobre o espírito em dia, me conecto mais facilmente com minha intuição. O exercício mental matinal também é essencial para ouvir e seguir minha intuição nas decisões.
MTD – A decisão de fazer carreira internacional, deixando tudo para dançar fora, é um passo corajoso. Como você lidou com o medo e os riscos envolvidos nessa escolha? Quais estratégias internas você usou para se manter firme na sua decisão?
Minha irmã Carlene foi muito importante nessa etapa! Meu pai tinha falecido naquele ano e estávamos muito conectadas, então, contei com ela para cada passo, cada análise. Nessa época, eu estava bem bagunçada por tudo que estava acontecendo, então, foi a fase em que agi com menos estratégia. Agora, até acho que foi fuga mesmo, tanto que lá tive muitos momentos difíceis e diria até de arrependimento, mas, com um contrato assinado, cheio de multas e uma distância gigante (literalmente o outro lado do mundo para o Brasil), tive que amadurecer. Acho que foi a primeira vez que tive que arcar com o lado sombrio de um sonho sem poder sequer pensar em desistir e isso trouxe muito aprendizado também.
MTD – Sua mãe, Maria Aparecida da Silva Calegari, desempenhou um papel fundamental em momentos cruciais da sua vida. Como o amor curador, o colo carinhoso e a força que ela trouxe impactaram sua capacidade de voar e seguir seus sonhos?
Completamente! Ter para onde voltar, acertando e errando, é o que realmente muda o jogo! Tenho plena convicção de que só aceitei arriscar tantas vezes e só desempenhei todos os papéis da minha vida porque ela estava lá, de braços abertos para me acolher, sem julgar, nem mesmo falar, só de braços abertos para me acalmar. Hoje, como mãe, eu imagino quanta renúncia ela teve que viver e como ela teve que lutar com o mundo e com suas dúvidas mais íntimas para manter meus sonhos em pé, e eu sou grata e a honro por isso! Uma mãe pode alavancar ou derrubar um filho e a minha escolheu me ajudar a voar!
JORNALISMO VERVE