Sempre digo que tratar a inclusão de forma leve e prática é o caminho do sucesso!
Agora vamos ao que interessa, vamos falar sobre esse título “a fórmula mágica da inclusão”!
Não há nada do que se diz teoricamente sobre a inclusão, que não precise ser adaptado na prática. Muitas vezes, uma adaptação nem é o suficiente, fazendo-se necessário colocarmos as teorias em uma prateleira, juntamente com uma porção de tantas outras lindas linhas teóricas que, na prática, nunca irão além delas mesmas.
Como mãe atípica, sei bem como muitas vezes as teorias são lançadas às famílias e estas, não sabem nem como aplicá-las, simplesmente pelo fato de que não funcionam para os seus filhos… (bem, talvez para os filhos dos vizinhos, por exemplo, já possam funcionar).
O que estou dizendo é que cada ser humano tem necessidades únicas, maneiras únicas de respostas, independente de sua condição. Cada qual a seu modo, segundo o que cada um é e, tão somente, “simples assim”, é que se deve prosseguir com a jornada da inclusão.
Eu fugindo novamente do tema principal, “a fórmula”!!!
Antes de tratar da “fórmula mágica”, preciso contar algo relevante. Quando minha filha nasceu, em 2010, fez um exame para confirmação do diagnóstico de síndrome de down e então, eu aguardava ansiosamente pelo resultado, esperando que com ele viesse também, (claroooo!), um manual de instruções… mas não veio.
O resultado do exame foi curto e grosso: trissomia livre do cromossomo 21. Ok, mas é aí? E aí que é isso. Só isso. Vou melhor traduzir esse resultado, após alguns anos de vivência materna atípica: um diagnóstico não determina uma pessoa. Todos somos muito mais que qualquer diagnóstico, que qualquer resultado de exame!!! Deficiências não determinam regras, não impõem caráter, não determinam um futuro de fracasso.
Chegando ao fim do texto e antes que ele acabe, preciso falar da “fórmula mágica da inclusão”, antes que eu me esqueça!
Sem mais desvios, a fórmula mágica para uma inclusão certeira e de sucesso é não seguir nenhuma fórmula! Todos somos unânimes? Sim, mas só nas diferenças! Nunca vi ninguém igual. Ninguém sendo igual, como aplicar uma mesma fórmula para todos os diferentes? Não faz sentido.
Que a verdadeira inclusão venha realmente à existência, trazendo na prática, o despertamento que a antecede: sentir cada pessoa, olhar para cada ser humano (com olhar humano), enxergar o que não se vê em uma deficiência, entender o contexto de cada indivíduo, compreender as circunstâncias exclusivas do processo de cada um, pensar além de um rótulo que só existe se alguém colocar e que só permanece se você não retirar.
JULLY VITORIO
Mãe atípica apaixonada
Mostro que não há regras para a inclusão acontecer
Creio no poder do Amor
Creio no poder da união entre “leveza x coragem” e “delicadeza x determinação”
@jully.vitorio