Nos dias atuais, mais do que em qualquer época, vivemos mudanças, que estão afetando diretamente a nossa maturidade emocional. As relações estão a cada dia, mais desconectadas umas das outras. Os casamentos não são mais sólidos como eram alguns anos atrás. As amizades são extremamente superficiais e descartáveis. As relações afetivas são frágeis e, por essa razão, estamos profundamente adoecidos em nossos sentimentos. Ou seja, a cada dia mais vulneráveis afetivamente.
Uma dura verdade que temos que encarar é que a família atualmente não é mais prioridade. Este lugar passou a ser ocupado pelas carreiras profissionais.
Vivemos por anos em nossas casas sem, no entanto, desenvolver laços afetivos, o que nos prejudica profundamente. Acabamos desenvolvendo algo terrível em nossa alma, o que chamamos de “carência” e que acredito ser um dos maiores poderes da terra.
Quando ouvimos pessoas de diferentes contextos e realidades, os problemas são diversos, mas, na maioria, o que mais encontramos são as carências afetivas.
Quando falamos de Síndrome do Pânico, Fibromialgia (dores pelo corpo), depressão, homossexualidade, vicio sexual, pornografia, é preciso entender que muitos destes problemas estão ligados diretamente às carências afetivas.
Ao contrário do que muita gente pensa, carência não é coisa de mulher, e menos ainda de “mulherzinha”: pode atingir tanto homens quanto mulheres, com uma facilidade destrutiva.
O carente não é orientado por sua consciência, mas por suas necessidades.
A carência pode ser comparada a um câncer que, se não tratado com toda seriedade, leva a morte. Mas as pessoas camuflam, escondem e fingem que o problema não existe e, aos poucos, ela vai consumindo a vida. Ainda que se escondam os sintomas, uma hora ou outra eles irão aparecer.
“Quando a carência supera a razão, as escolhas tornam-se desilusões”.
“Carência não se supre. Carência se cura”
Fotos: Eber Rodrigues @eber_fotografia * + Foto Home / Destaque
Por Aline Nobre