Tenho medo de fazer hipnose e não voltar!
Quando a pergunta vem eu logo respondo: só se você for para Nárnia eu não vou saber te trazer de volta. (risos)
Brincadeiras à parte, essa é uma questão séria para muitas pessoas que desconhecem totalmente os princípios e o processo da hipnose. Não é incomum a um profissional da hipnose ouvir esse tipo de pergunta.
O medo vem do desconhecimento da técnica e de filmes e propagandas que fantasiam com a hipnose para torna-la algo dramático.
Eu passei por várias terapias desde o início da minha caminhada rumo ao autodescobrimento desde a descoberta de um câncer em 2014. Posso afirmar que de todas as técnicas e terapias que experimentei a hipnose foi a mais simples.
Surpreendentemente simples, a ponto de parecer, durante a sessão, que nada está acontecendo. O impacto do efeito vem logo após.
Eu explico.
O princípio é simples, como a nossa mente não reconhece o que é uma lembrança real e o que é imaginação, a hipnose tira vantagem desse fato para levar o cliente a relembrar fatos que marcaram negativamente sua vida e que possam estar desencadeando comportamentos ou reações indesejadas. Identificado o ponto, o acontecimento, passamos a ressignificá-lo e é aí que a mágica acontece. Se a mente não sabe a distinção entre o que foi um fato real e o que é fruto da imaginação, o rearranjo da cena traumática irá ser compreendido pela mente como um acontecimento real, o que faz toda a diferença, pois encerra-se aquele capítulo com uma solução ou até mesmo com a simples saída de cena.
Nossa mente é esperta e aprende rápido e, a partir do momento em que um determinado acontecimento deixa de ter significado, ela (a mente) pode ocupar-se de outros acontecimentos e não mais aquele que foi tratado.
Vale a pena experimentar.