O Médico Dermatologista Prof. Dr. Maurício Paixão, Phd, nos alerta que a celulite infecciosa, também conhecida como celulite bacteriana, acontece quando bactérias conseguem entrar na pele, infectando as camadas mais profundas e causando sintomas como vermelhidão intensa na pele, dor e inchaço (edema).
Ao contrário da popular “celulite”, que, na realidade, se chama lipodistrófica ginóide (fibroedema gelóide é uma nomenclatura usada por fisioterapeutas, não acho apropriada). Por sua vez a celulite infecciosa é um quadro infeccioso, cuja progressão pode causar graves complicações como septicemia, que é a infecção geral do organismo, ou até mesmo morte, caso não seja devidamente tratada.
Dessa forma, sempre que existe suspeita de uma infecção na pele é muito importante ir ao pronto-socorro para fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado. A celulite é uma infecção cutânea freqüente, com incidência estimada de 10 a 100 casos por 100.000 habitantes ao ano. Quando a infecção acomete a camada mais superficial da pele, pode ser chamada de erisipela. Todavia, essa diferenciação entre celulite e erisipela pode ser difícil de ser feita meramente pela avaliação médica, sendo que o mais importante não é esta diferenciação, e sim o tratamento de forma precoce.
Acomete ambos os sexos, sendo a quinta e a sexta décadas de vida as mais atingidas e os membros inferiores e face os locais mais acometidos.
Possíveis causas e favores predisponentes
São infecções cujo principal agente etiológico é a bactéria do tipo Estreptococo, que muitas vezes estão comumente na nossa pele, compondo a nossa flora bacteriana. Quando ocorre alguma interferência ou desequilíbrio, como por exemplo em um trauma, a bactéria pode acabar penetrando nas camadas mais profundas da pele gerando a celulite.
Existem fatores que podem favorecer o seu aparecimento, e são chamados de fatores predisponentes. Os fatores de risco locais destacam-se: doenças na pele pré-existentes, traumas (incluindo o local de uma cirurgia ) e alterações vasculares. Os fatores de risco gerais, como diabetes, etilismo, uso de corticóide em doses altas e por longo tempo, quimioterapia, doenças que prejudiquem os sistemas de defesa do nosso corpo como cânceres.
Principais sintomas
Os sintomas mais comuns são vermelhidão (eritema), inchaço (edema), calor e dor no local. O aparecimento de outros sintomas como febre ou temperatura muito baixa, calafrios, mal-estar, náuseas e vômitos podem indicar um agravamento do quadro.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da celulite é feito pelo médico, que após examinar o paciente é capaz de diagnosticar a doença com base nos sintomas referidos pelo paciente. Comumente, o diagnóstico dispensa a realização de exames complementares, que podem vir a ser pedidos para avaliar a gravidade da doença e/ou a sua progressão.
Como é feito o tratamento O tratamento de escolha é feito com antibióticos, devendo a sua escolha ser feita por orientação médica. O paciente não deve se automedicar para não mascarar o quadro, dificultando o diagnóstico, e induzir resistência bacteriana pelo seu uso indevido.
Dermatologista